lunes, 2 de septiembre de 2024

Eminent Shadow (BRA) / Dimitri. Metal da Morte.


"Acredito que a morte é um ponto final, como diz a frase eternizada pelo Hellhammer “Only Death is Real”. Mas entendo também que a morte é um assunto muito mistificado por todas as crenças e culturas".

"Nós nascemos e fomos moldados a produzir e dar manutenção a nossa sobrevivência... Born, Suffer Die como diria o velho disco do Headnunter DC! Sabemos que a morte é o único destino real de todos, mas enquanto estamos vivos, procuramos sobreviver da melhor forma aproveitando para contestar toda a visão distorcida deste mundo caótico e cheio de falsidades em que vivemos".

"A morte para mim é uma consequência biológica sim, somos matéria orgânica e temos prazo de validade como qualquer ser vivo. Como eu disse, em minha opinião a morte foi mistificada por várias culturas e religiões, surgindo assim as crenças e os seus mitos. Tenho uma ideia de que o subconsciente é o que rege a maioria das coisas que queremos acreditar".

"O que nos torna diferentes além dos fatores biológicos são os meios em que fomos criados, as nossas culturas, o empirismo e o nosso mapa mental. A morte só reduz a pó a nossa matéria orgânica e nos faz ter a consciência de que não somos absolutamente nada".

"A morte é uma consequência da vida. Infelizmente fomos criados dentro de uma mística muito grande sobre esse assunto dando espaço para várias interpretações. Para mim em particular, o que resta no pós morte são apenas lembranças ou o legado. A própria música é um exemplo disso. De forma imaterial, o death metal ficará registrado nas mais obscuras lápides até quando o metal existir, a exemplo de grandes nomes do underground que já morreram mas suas obras ainda estão devastando o mundo, a exemplo do Chuck Schuldiner do eterno Death, entre outros... a verdadeira sinfonia do morte! Assim acontece em diversas áreas, tanto artísticas quanto profissionais. A morte é um ponto final a existência".

"Em diversas culturas o culto a morte é uma passagem. Eu mesmo tenho descendência japonesa e os meus avós eram budistas, mas não sigo essa cultura. Para eles a morte é considerada o fim de um ciclo e o carma o resultado da vida que você levou. Acho que a aceitação da existência da morte nos torna sim mais fortes e destemidos para fazermos tudo o que quisermos, inclusive aproveitando os prazeres da vida independente das limitações imposta pelas religiões ou qualquer regra que prive o homem dos seus instintos mais naturais".

"Simplesmente acho que (la morte) é o fim do ciclo... Tudo gira em torno da morte. Nascer, sofrer, morrer e apodrecer como toda matéria".

"A vida é a consequência das mutações ao longo de bilhões de anos, assim como a morte é o desfecho de toda a vida. Não vejo a morte como equilíbrio, mas sim um processo natural. Nunca refleti sobre um sentido para morte porque entendo que surgimos das transformações do universo e a morte também faz parte deste ciclo, por isso não creio nas religiões e nos mitos que elas defendem ou criam. Encaro a morte com absoluta naturalidade pois o universo seguirá o seu curso mesmo sem a presença da vida. Sobre matar, talvez estaria mais relacionado com a sobrevivência, autodefesa ou algum distúrbio psíquico mesmo, morrer seria a consequência. Cometer suicídio é o lado mais profundo da psique, causado pela deficiência no sistema neurológico, gerando angústias, ansiedades, transtornos, esquizofrenias, entre outras. O sentido disso tudo é muito peculiar".

"A morte pode ser considerada um mistério porque não sabemos de fato o que acontece nesse estágio, há apenas teorias e crenças sobre esse assunto. Mas como falei anteriormente, prefiro entender que é realmente o fim e a única realidade que nós temos".